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Guarda Roupa de Expatriada - Como montar um novo armário morando fora

Guarda Roupa de Expatriada - Como montar um novo armário morando fora

Guarda Roupa de Expatriada - Como montar um novo armário morando fora

Quando mudei do Rio de Janeiro para o Brooklyn em 2015, não foi apenas uma mudança de endereço ou de país. Além da mudança física, aconteceu uma transformação no meu estilo de vida. E consequentemente, no meu guarda-roupa.

As minhas roupas não me representavam mais, e também não atendiam as minhas necessidades (e eu tô falando do Frio).

Cresci em uma família, onde eu e meu irmão tivemos tudo que era acessível dentro da nossa realidade, na medida do possível, pagando em prestações, uma coisinha de cada vez, sem ter o foco em marca. Comprei muita coisa em lojinha sem etiqueta, feirinhas. Uma coisa interessante de ter crescido em um ambiente honesto, de comprar o que o dinheiro dava, é que meu foco não era na marca, mas no produto. Mas é claro que às vezes eu queria o produto tal, da marca tal… mas isso é papo para um outro dia.

Ainda no Brasil eu ouvi sobre análise de cores e personal stylist, mas achava tudo uma realidade muito distante, para pessoas com um maior poder aquisitivo. Mas quando me mudei para os Estados Unidos, eu vi que essa não era uma verdade.

Saindo do Rio de Janeiro em maio, e vivendo a transformação das estações em Nova Iorque, o meu maior desafio no primeiro ano era me manter aquecida no inverno. E consequentemente eu virei um boneco da Michelin. Me vestia com muitas camadas, mas como não estava com as roupas certas, de tecidos certos e na ordem certa, apesar de vestir 5 camadas continuava com frio. Além óbvio de me sentir um verdadeiro urso, sem identidade. Usar roupas de tecidos certos, fazem a diferença na vida de quem mora em regiões frias. Acredito até que o fato de não ter as roupas certas não contribuiu no meu processo de adaptação.

Roupas de Inverno

Apesar de não ter muitas roupas de frio, eu trouxe todas que tinha. Nem todas funcionaram bem, na verdade nenhuma. Muitas viraram roupas de usar em casa, e muitas com o tempo, foram acabando.

 Ainda lembro, eu entrando na H&M para comprar um casaco bem quentinho e mostrando para o meu marido feliz da vida. Quando ele falou, “- Esse casaco não vai te aquecer. Você vai usar, mas você precisa de algo que aqueça mais.” Para a minha realidade foi um choque, foi tudo verdade, e apesar de ter o casaco até hoje, ele é leve e para o outono ou primavera. Construir um armário de inverno leva tempo e. dinheiro. Não necessariamente nessa mesma ordem e eu não tinha noção disso.

Para a minha realidade financeira essas lojas mais acessíveis eram a minha realidade. Comprei muitas coisas na Forever 21 também, mas de novo, não aquecia. Eu ainda estou aprendendo sobre composição de roupas, estou melhor que antes, mas ainda tenho um grande caminho para percorrer. Mas foi identificando as roupas do meu armário que não pertenciam mais a minha realidade, deixando elas apenas para uso dentro de casa que fui abrindo espaço para novas peças, mas ainda de uma forma muito restrita.

Roupas Práticas

Logo que cheguei aos Estados Unidos viajava muito com a mala de mão. A oportunidade de passagens mais baratas mas que ofereciam apenas a mala de mão me fez aprender a viajar mais prática e leve. E com isso, precisava de roupas mais versáteis, com tecidos que não amarravam com tanta facilidade e que pudesse transitar em diferentes ocasiões. Durante 4 anos eu comprava o que era essencial. Sem exagero, mas o que era necessário. Roupa térmica aqui, biquinis ali, um vestido, um sapato, alguns casacos. Tudo de uma forma moderada.

Meu armário sempre atendeu muito bem a minha realidade e personalidade. 

Nova realidade - vivendo as 4 estações

No final do inverno de 2018 fui à um evento com aula de como cuidar das roupas de inverno, como lavar e guardar até a próxima temporada. A palestrante foi a Márcia Crivorot, aprendi muito com ela e nos aproximamos. Eu já havia conhecido e trabalhado/entrevistado com a Márcia no NY Fashion Week do ano anterior, mas foi ali que tivemos tempo para conhecer e ela entendeu que meu foco não era só em comprar roupas, que eu queria me vestir melhor, mas que com cuidado na formada consumo consciente. Foi ali que começou uma parceria muito além de cliente e stylist, mas de amizade e muita ajuda mútua.

No mesmo ano,  fiz a minha análise de cor, análise de guarda-roupas com a Márcia e identificamos as peças que precisava adquirir, umas que não usava mais por anos. E aos poucos estou montando meu armário. Até que em 2020 o mundo parou. E junto com essa pausa*, veio uma nova mudança para mim: Saí do Brooklyn para uma cidade pequena e praiana no estado de Delaware.

Com uma realidade bem diferente de NY, em Delaware, me sentia em um limbo de identidade, com relação à roupa. Se um dia eu colocava uma roupa e me sentia over dressed (muito mais arrumada que as outras pessoas), em vários dias eu me pegava com roupa de ginástica o dia todo. E não era pelo fato de ficar em casa, nessa época já estava trabalhando. Além de ter mudado de casa, de estado teve uma mudança forte no estilo de vida e comportamento (mais uma vez) e com isso eu identifiquei que precisava restaurar meu armário.

Agora estou no processo de restaurar meu armário, mais uma vez com a Ajuda da Márcia. 

Eu sei que vai demorar um tempo para ter peças de qualidade, acessíveis (vou ficar de olho nas promoções principalmente). E como vocês pediram, vou mostrar aqui no Blog e lá no IG @manumuniz.blog um pouco desse processo de construção de estilo. Mas levando em consideração a minha realidade do dia a dia e financeira. Com responsabilidade de consumo e respeito com o meio ambiente.

COMEÇO

Nesse (re)começo, aproveitando que o verão aqui está acabando depois de muito procrastinar eu sai para comprar um sapato, blusas estilo t-shirts. Não achei o sapato, mas achei as blusinhas e uma outra rosa linda com um super desconto! Essa blusa Rosa é na minha paleta de cores e estava por $6, é no estilo bata e com leslie que eu amo, acho super verão).

As blusas estilo T-shirts, comprei na Banana Republic e na JCrew, uma de cada cor porque eu não tinha mais (na verdade as que eu tinha estavam com buraco).

Também adquiri 2 vestidos na Banana: um branco com a manga grade e um top, na mesma coleção, mas na cor preta. Ainda fiquei apaixonada por um vestido mas ele ficou para a próxima prestação do cartão de crédito. Vamos aos poucos.

Particularmente eu não gosto de comprar roupa. Acho que perco muito tempo experimentando e andando dentro de um shopping, sem contar que sempre que vejo o dinheiro de uma roupa, automaticamente que penso em alguma experiência como viagem, ou restaurante. Então esse processo pra mim é um verdadeiro aprendizado e equilíbrio. Mas o interessante é que a Márcia tem um micro-blog com fotos das peças do meu guarda-roupa. Com isso, ela tem uma visão para me ajudar montando looks à distância, sem contar que ela consegue me mandar oportunidades de produtos em promoção. A Márcia vê peças, me passa o link de compra e eu querendo, compro direto. Tudo muito prático. Para tempos atuais, que nem sempre o encontro presencial é possível, essa ferramenta me ajuda comprar online.

Sobre o sapato, já estava se saco cheio e não consegui achar nada. Seguimos… e agora eu preciso mesmo, já que a minha única sandália de verão arrebentou. Seguimos…

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Como é a entrevista do Green Card

Como é a entrevista para o Green Card, a minha entrevista foi às 08:08 da manhã. O prédio é oficial e para entrar, passamos por um processo parecido com o de aeroporto.

Como é a entrevista para o Green CardComo é a entrevista para o Green Card

Como é a entrevista para o Green Card

Estou aqui para falar como é a (primeira) entrevista do Green Card. Esse é o terceiro post da série que estou fazendo sobre o processo de imigração nos Estados Unidos. Para entender melhor, leia os posts anteriores: 

Diferença entre Green Card e Cidadania.

Caso prefira, também tem um vídeo sobre cada tema e você pode assistir direto no canal, clicando aqui.

Após a aplicação do Green Card, e preencher todos os formulários, segui o meu processo. Recebi uma carta informando para recolher as digitais e fotografar (isso é um padrão).

Todo o meu processo foi feito pelo estado de Delaware, e como aqui não tem um escritório de imigração da USCIS , recebi a opção de continuar o processo de imigração do Green Card no estado de Maryland ou na Pensilvânia (na cidade da Filadélfia). Por uma questão de logística, escolhemos a Pensilvania, porque a Filadélfia fica apenas 2h de carro da cidade que estamos.

O tempo do processo, varia de acordo com a localização da aplicação e também que tipo de aplicação você faz.



Antes da Entrevista do Green Card

Antes da entrevista do Green Card, separei os documentos adicionais que consegui entre a aplicação e a data atual, incluindo fotos. Mas também cometi um erro.

Um pouco antes da entrevista, cometi o erro de procurar exemplos e como eram as entrevistas para o Green Card, isso me deixou mais ansiosa e com medo. O sentimento de pânico tomou conta de mim porque eu não conseguia lembrar o nome da avó dele ou da escola que ele estudava.

Apesar dessas perguntas não terem sido feitas para mim (mas foram feitas para outras pessoas que fizeram a entrevista do Green Card), a minha entrevista foi longa, cheia de emoção e pegadinhas.

O que quero alertar é que a sua entrevista vai depender muito do entrevistador, de quem vai conduzir.




A Entrevista do Green Card

Se eu não me engano, fui a primeira a ser entrevistada, às 08:08 da manhã. O prédio é oficial e para entrar, passamos por um processo parecido com o de aeroporto. Depois, você é encaminhado à uma recepção e encaminhado para uma sala de espera.

A entrevista pode ser feita com o casal junto ou separado. No meu caso, foi junto (até um certo ponto, abaixo eu explico melhor).

A entrevistadora abriu uma porta e me chamou, mas meu nome não estava registrado. Expliquei melhor no vídeo do canal o que aconteceu. Ela nos chamou e passamos por uma porta, atravessamos um corredor até a sala de entrevista do green card. 

Ao entrar, ainda de pé, fizemos o juramento e depois nos sentamos, conforme a orientação. Era uma sala de escritório normal, com mesa, computador, prateleiras e até algumas plantinhas.  




Como é a entrevista do Green Card

A Oficial pegou uma pasta com todos os documentos que enviamos e começou a passar pelos formulários, fazendo perguntas iniciais para confirmar o meu nome, endereço, data de nascimento, data do casamento, nome completo do marido e aniversário dele.

Após, respondi as questões padrões sobre crime, armas, e ela começou a ver documentos. Eu só respondia e entregava o que ela solicitava. Até que um momento ela observou que a minha certidão de nascimento original estava diferente da cópia enviada. Ela fechou a pasta e falou que poderíamos fazer a atualização dos documentos e voltar em 6 meses, quando uma nova entrevista do green card fosse agendada. 😩

Explicando o que aconteceu: quando estava preenchendo os formulários aqui nos Estados Unidos, eu pedi ao meu pai, que estava no Brasil, para escanear e enviar uma cópia para anexar o processo de imigração do primeiro Green Card. Mas, quando ele me enviou o documento original pelo correio (porque na entrevista você precisa levar o original de todos os documentos), enviou um segundo documento. Isso era nítido porque o carimbo do cartório estava em diferente posição do papel. Consegui reverter a situação com a ajuda do Ryan e ela aceitou.

Quando chegou no momento de provar o endereço de residência ela solicitou mais documentos, pois segundo a Oficial da USCIS não havia documentos suficiente. Como falei no post anterior, não tinha crédito nos EUA e não tive tempo entre fazer o Social Security e solicitar contas no meu nome. Até que o meu marido lembrou do documento do carro e seguro do carro, que estavam no carro, no estacionamento a frente do prédio da entrevista.

Nesse momento, a entrevistadora fechou o fichário com o processo e falou para voltarmos meses depois. Ryan e eu insistimos até convencer ela, para ele ir ao carro pegar o documento. Ele saiu correndo, e eu fiquei sozinha com ela!



Entrevista do Green Card Separada

Quando realizei que estava sozinha, fiquei com medo mas e de certa forma, consegui me conectar com ela, falando para ela me pedir para repetir caso não me entendesse e perguntei se seria possível pedir para ela repetir. Ficamos conversando sempre com perguntas relacionadas ao nosso relacionamento e rotina. Ela repetia todas as perguntas de formas diferentes para ver se a resposta mudaria.



Quando o Ryan voltou ela refez todas as perguntas da mesma forma, foi confirmando tudo -TUDO- o que falamos juntas.

Depois, ela passou os álbuns de fotos, pegou algumas fotos (principalmente as que estava sem óculos ou chapéu). Ela aprovou o Green card e saímos do prédio comemorando! A entrevista durou aproximadamente 2hs, foi longa, muito desgastante mas, conseguimos!



O cartão chegou na minha casa uma semana depois, junto com uma carta falando sobre a aprovação e com orientações sobre como conservar e como aplicar para a renovação do Green Card.

O próximo post será sobre a renovação do Green Card, e esse eu posso dozer que foi uma novela!

Até o próximo post!

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Tem diferença entre o Green Card e Cidadania? Saiba tudo sobre o processo de imigração dos EUA

Tem diferença entre o Green Card e Cidadania. Saiba tudo sobre o processo de imigração dos EUA.

Como postei semana passada no instagram (@manumuniz.blog) eu virei cidadã americana! 🇺🇸 Entre muitas mensagens de apoio eu também recebi muitas dúvidas sobre o processo de imigração.

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Então resolvi fazer um especial, contando como foi o meu processo de Cidadania e Green Card. Serão no total 5 posts aqui no blog e 5 vídeos lá no canal do Youtube, contando: 

  1. Tem diferença entre Green Card e Cidadania?

  2. Aplicando para o Primeiro Green Card

  3. Entrevista do Primeiro Green Card

  4. Aplicando para o Segundo Green Card e Entrevista

  5. Aplicando para Cidadania: Prova e Entrevista

Então vamos começar o primeiro post:

Cidadania x Green Card

Muita gente pensa que Cidadania e Green Card são a mesma coisa. Mas, não são! Green Card e Cidadania, são dois processos diferentes, com aplicações e taxas diferentes.

Quando eu falo aplicação é porque para cada processo você precisa preencher uma relação de formulários que estão no site da USCIC (você pode clicar para ir direto no site). Além de preencher esses formulários é preciso que você pague uma taxa.

Green Card

O Green Card apliquei após o casamento civil aqui nos Estados Unidos (vou falar mais sobre essa aplicação do primeiro Greencard no próximo post). E o Green Card é um “cartão verde” que te dá autorização de residir, estudar e trabalhar nos Estados Unidos. Essa autorização é válida por 2 anos no primeiro Green Card e 10 anos no segundo Green Card. Isso quer dizer que, a cada 6 meses antes do vencimento desses cartões é preciso fazer a aplicação de renovação do Green Card.

Além disso o Green Card permite que você viaja fora dos Estados Unidos, mas com um limite de ficar fora por 180 dias por ano.

É possível adquirir o Green Card também por outros meios, e não só casamento. Como por exemplo visto de trabalho, habilidades especiais, família, investidos. Mas aqui eu vou. Falar somente sobre a minha experiencia de green card através do meu casamento.

Cidadania 

A Cidadania  é um processo diferente e você pode se habilitar depois de um tempo casada e com o green card. Há também outras formas de se tronar cidadão dos Estados Unidos, mas como falei acima, aqui só vou falar sobre como foi a minha experiencia.

Apliquei para a cidadania, preenchi todo o formulário e paguei a taxa (vou falar mais pra frente como foi esse processo em detalhes). Como cidade eu tenho direito a voto e ser jure de um julgamento na corte (direitos que o portador do Green Card não tem), além disso, como cidadã americana eu posso passar mais de 180 dias fora dos Estados Unidos, sem limite de tempo.

Uma vez que você é cidadã Americana você não renuncia a sua cidadania brssilieira. Você carrega as duas cidadanias e pode usar quando foi conveniente, como um caso de viagens para Cuba, por exemplo, que eu posso continuar usando o passaporte brasileiro.


Eu não contratei advogado para nenhum dos dois processos. E tudo foi muito natural. Meu marido tem o domínio da língua inglesa e estava acostumado com os termos técnicos e judiciais por conta do trabalho dele.

Esse foi o primeiro post da série, se você quiser saber mais, espia também o vídeo que está no canal com todas as explicações.

Deixa aqui embaixo nos comentários alguma dúvida que vou ter o maior carinho em responder.

Até o próximo post!

Beijos,
Manu 

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