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Tem diferença entre o Green Card e Cidadania? Saiba tudo sobre o processo de imigração dos EUA

Tem diferença entre o Green Card e Cidadania. Saiba tudo sobre o processo de imigração dos EUA.

Como postei semana passada no instagram (@manumuniz.blog) eu virei cidadã americana! 🇺🇸 Entre muitas mensagens de apoio eu também recebi muitas dúvidas sobre o processo de imigração.

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Então resolvi fazer um especial, contando como foi o meu processo de Cidadania e Green Card. Serão no total 5 posts aqui no blog e 5 vídeos lá no canal do Youtube, contando: 

  1. Tem diferença entre Green Card e Cidadania?

  2. Aplicando para o Primeiro Green Card

  3. Entrevista do Primeiro Green Card

  4. Aplicando para o Segundo Green Card e Entrevista

  5. Aplicando para Cidadania: Prova e Entrevista

Então vamos começar o primeiro post:

Cidadania x Green Card

Muita gente pensa que Cidadania e Green Card são a mesma coisa. Mas, não são! Green Card e Cidadania, são dois processos diferentes, com aplicações e taxas diferentes.

Quando eu falo aplicação é porque para cada processo você precisa preencher uma relação de formulários que estão no site da USCIC (você pode clicar para ir direto no site). Além de preencher esses formulários é preciso que você pague uma taxa.

Green Card

O Green Card apliquei após o casamento civil aqui nos Estados Unidos (vou falar mais sobre essa aplicação do primeiro Greencard no próximo post). E o Green Card é um “cartão verde” que te dá autorização de residir, estudar e trabalhar nos Estados Unidos. Essa autorização é válida por 2 anos no primeiro Green Card e 10 anos no segundo Green Card. Isso quer dizer que, a cada 6 meses antes do vencimento desses cartões é preciso fazer a aplicação de renovação do Green Card.

Além disso o Green Card permite que você viaja fora dos Estados Unidos, mas com um limite de ficar fora por 180 dias por ano.

É possível adquirir o Green Card também por outros meios, e não só casamento. Como por exemplo visto de trabalho, habilidades especiais, família, investidos. Mas aqui eu vou. Falar somente sobre a minha experiencia de green card através do meu casamento.

Cidadania 

A Cidadania  é um processo diferente e você pode se habilitar depois de um tempo casada e com o green card. Há também outras formas de se tronar cidadão dos Estados Unidos, mas como falei acima, aqui só vou falar sobre como foi a minha experiencia.

Apliquei para a cidadania, preenchi todo o formulário e paguei a taxa (vou falar mais pra frente como foi esse processo em detalhes). Como cidade eu tenho direito a voto e ser jure de um julgamento na corte (direitos que o portador do Green Card não tem), além disso, como cidadã americana eu posso passar mais de 180 dias fora dos Estados Unidos, sem limite de tempo.

Uma vez que você é cidadã Americana você não renuncia a sua cidadania brssilieira. Você carrega as duas cidadanias e pode usar quando foi conveniente, como um caso de viagens para Cuba, por exemplo, que eu posso continuar usando o passaporte brasileiro.


Eu não contratei advogado para nenhum dos dois processos. E tudo foi muito natural. Meu marido tem o domínio da língua inglesa e estava acostumado com os termos técnicos e judiciais por conta do trabalho dele.

Esse foi o primeiro post da série, se você quiser saber mais, espia também o vídeo que está no canal com todas as explicações.

Deixa aqui embaixo nos comentários alguma dúvida que vou ter o maior carinho em responder.

Até o próximo post!

Beijos,
Manu 

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365 DIAS, viagem Manu Muniz 365 DIAS, viagem Manu Muniz

Como é na Imigração americana

Foto: Felipe Lannes

Como é chegar de avião no aeroporto americano e passar pela imigração nos Estados Unidos? Essa é uma pergunta frequente.

Não tem muito segredo e receita. Talvez você com fluência no idioma inglês pode ter mais facilidade na comunicação. Depois que o avião pousa nos Estados Unidos, você é encaminhado para o processo de imigração, você precisa apresentar o passaporte, o visto, colocar as digitais, tirar uma foto e confirmar algumas informações como, período e local de permanência. Alguns aeroportos estão substituindo uma ficha de ADUANA preenchida no avião. Esse processo não acontece em todos os aeroportos, apenas em alguns, em sua maioria internacionais, e caso você tenha uma escala dentro do solo americano antes do seu destino final, possivelmente a imigração acontece na primeira parada.

Uma dica é você deixar impresso ou anotado em um papel, o endereço da sua permanência e um telefone e nome de contato para referência. Isso porque hoje colocamos tudo no celular, e pode acontecer da bateria acabar. Sem contar que uma caderneta de anotações de viagem é sempre bom.

Como foi a minha experiência

Das 3 vezes que viajei sozinha para os EUA antes de casar, foram três agentes de imigrações diferentes, com perguntas e posturas diferentes. Mas como eu estava de férias, com bom humor, e sem preocupação, fui com o coração aberto e não tive problema nenhum.

As 3 vezes foram diferentes: a primeira vez passando pela imigração no aeroporto foi pousando em Miami a agente me perguntou tudo, muita coisa e fui ficando nervosa porque não entendia o inglês dela. Mas basicamente ela queria saber porque eu parei em Miami, depois ia para Philadelphia, se o meu destino final era NY. Até ela entender que foi o ticket mais barato, de uma promoção demorou um pouco, mas depois foi tudo bem.

Da segunda vez passando pelo processo de imigração estava na Califórnia e o agente perguntou se eu estava de mudança, porque minhas malas eram grandes (estava com uma mala de rodinhas e outra tipo saco + uma mala de mão e minha mochila, antes de viajar prática). Expliquei que estava indo para uma road trip pela California, até Lake Tahoe (para ver neve pela primeira vez) e ia terminar em Vegas, gastando todo aquele meu inglês que não tinha. Então ele falou: "lugares diferentes para roupas diferentes, vocês mulheres tem roupa para todos os momentos". E foi exatamente isso!

Na terceira vez, eu queria ficar aqui mais tempo, e não somente meus 17 ou 20 dias anteriores de férias. Eu queria ficar para fazer um curso de inglês e ficar realmente mais fluente na língua, mas como o meu primeiro destino era o Havaí, e eu estava com um chapéu de palha em Los Angeles, passando pela imigração, a pergunta foi: "- Você está de mudança? Tem rede social?" Respondi com olho arregalado: "- Tenho Face e Insta…" E ele completou sorrindo:

"- Então não deixe de postar fotos lindas desse paraíso, aproveite o sol e use protetor solar e esse chapéu".

Fique calma(o) também, se vc sabe inglês é só perguntar e pedir por ajuda. As pessoas aqui são acessíveis e dispostas a ajudar sempre. Sua viagem vai ser linda!

Depois de Casada

Confesso que fiquei com tanto nervoso, porque ouvia histórias e histórias. Voltei para o Brasil para organizar o casamento lá e de lá fui encontrar com o Ryan na Alemanha. Quando retornamos para os Estados Unidos, estávamos juntos e eles perguntaram o motivo da nossa viagem, entreguei o meu cartão green card e carimbou o meu passaporte e desejou “- Sejam bem vindos!”

Depois que casei no Brasil, troquei minha passagem para ficar mais alguns dias com meus pais 😜🙌 Sempre que posso troco a passagem, esse é um dos benefícios de comprar por milhas (posso falar mais sobre esse assunto em um próximo post). Fiquei um pouco ansiosa com a entrada no país sozinha, mas foi tudo tranquilo. Mesmas perguntas da vez anterior, e só perguntaram se estava viajando sozinha, e comentei que tinha trocado a passagem e esticado um pouco mais a minha estadia.

Já viajei algumas vezes, com e sem o marido e a entrada sempre foi tranquila. A diferença é que com o cartão o processo é um pouco mais rápido pois o processo é automatizado. Com o cartão vencido, preciso entrar na fila de imigração, apresentar alguns papeis… mas não é nada de mais.

Só teve uma vez que tive uma "situação” e foi no Canadá voltando do meu curso de veleiro, mas como compartilhei no Instagram. Foi pontual, estava cansada da viagem longa, não conseguia entender o inglês da agente e ela foi um pouco dura. Mantive a calma, respondia tudo o que ela pedia. Ela perguntava pelo meu marido e eu falava que ele já tinha passado.

Explicando melhor: o nosso voo teve vários atrasos e com isso perdemos a nossa conexão. Fizemos um trabalho em equipe, enquanto eu fiquei na fila da imigração meu marido foi trocar as passagens para o próximo voo no stand da cia aérea porque o aplicativo não estava funcionando. Quando ele voltou, não deixaram ele entrar na fila. Se voltássemos pro final da fila perderíamos o segundo voo. Então permaneci ali, ele me entregou as novas passagens e ele foi pela entrada do cidadão americano.

Então,  a agente começou a fazer perguntas, pedir para que eu soletrasse tudo, confirmando meu endereço, meu telefone, do meu marido… eu tentando permanecer calma, e quanto mais tempo passava mais nervosa, menos eu entendia o inglês dela. Por fim, ela cansou de mim, me liberou. Quando passei de uma porta e vi o marido, nem preciso dizer né: Desabei! Ele já estava preocupado também, porque estava demorando muito. Mas foi tudo bem, foi pontual e vida que segue!

Já viajei sozinha outras vezes depois do ocorrido e não aconteceu mais nada. Tudo normal e natural. Só compartilhei a minha situação aqui porque estou falante hoje! 😂😂

Espero que sua viagem seja incrível e que você tenha várias memórias boas!
Me conta depois como foi a sua experiência!
Beijos!


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9 razões pra gostar de Nova Iorque

Bom, quem diria que eu um dia ia escrever esse post e com dificuldade em só ter 9 Razões para gostar de Nova Iorque! Mas, como a minha amiga, escritora e rimã Marcelly Ferrari pediu, eu tô aqui para escrever:

 

Razão 1:

Uma cidade que é o mundo!

Tem restaurante de todos os países, tem gente de todos os países. Muitas pessoas, muitas culturas essa é NY!

Essa é Nova Iorque e às vezes chega ser difícil encontrar alguém que seja nascido e criado na Big Apple. Lojas com produtos Brasileiros, churrascaria, brigadeiro, restaurante indiano, chinês, polonês, turco... tem tudo aqui!

 

Razão 2:

Os Parques! A cidade tem parques em todos os cantos da Cidade! Cada um com sua beleza. Alguns com vista para os prédios, outros para o Rio, ou para o outro lado do rio. Tem chafariz, tem temática de acordo com a estação do ano que varia de aula de Yoga para patinação no gelo! Tem jardins lindos e esquilos! Quase todos os parques da cidade (se não todos) tem esquilos! Eu adoro o Bryant Park, Brooklyn Bridge Park, Prospect Park, mas tem outros tantos como Central Park que é enorme e super famoso!

Brooklyn Bridge Park, além de um lugar gostoso, tem vista para a Skyline de ManhattanBrooklyn Bridge Park, além de um lugar gostoso, tem vista para a Skyline de Manhattan

Brooklyn Bridge Park, além de um lugar gostoso, tem vista para a Skyline de Manhattan


Razão 3:

As estações do ano são bem definidas. Isso possibilita se apaixonar por um novo cenário a cada estação em Nova Iorque! Eu não me esqueço logo que cheguei aqui e pude ver o verão sair de cena e entrar o outono. A transformação das árvores verdes para amarela, marrom até perder todas as folhas (algumas árvores continuam com folhas, mas na sua maioria ficam parecendo secas!). E aí, depois essas árvores ficam branquinhas por conta da neve!

Por falar em Neve: apesar do frio, brincar na neve é muito legal, fazer anjo, guerrinha de bola... aí aí... e a primavera? Eu amo! Flores, tulipas, a cidade toma outra vida e cor! E o verão, bomba com rooftops e parques lotados de gente! Estações bem definidas é uma razão de gostar de morar tem Nova Iorque.

Brancando na última tempestade de neve!Brancando na última tempestade de neve!

Brancando na última tempestade de neve!


Razão 4:

O metro! Mas deixa eu explicar porque minha relação com o metro é de amor e ódio (risos). A cidade não é tão grande, mas tem um mundo de gente aqui. Imagina todo mundo de carro? Então ter essa mobilidade do metro, esse arco-íris de linhas cortando Manhattan e Brooklyn é muito bom! Sem contar o preço: 2,75 dinheiros de dólar.

Mas o meu lado de ódio são as construções ou qualquer outro imprevisto que faça com que o metrô pare, atrase, mude a rota... porque ... enfim... manutenção e se fosse perfeito, como a gente ia se perder e ter história pra contar?


Razão 5:

O Brooklyn... eu podia escrever na verdade 9 razões para gostar, amar, se apaixonar pelo Brooklyn mas... deixa para a próxima!

Região do DUMBO, no BrooklynRegião do DUMBO, no Brooklyn

Região do DUMBO, no Brooklyn

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o Brooklyn é uma continuidade de Manhattan, e parte de Nova Iorque. É conectado pela ponte do Brooklyn, linhas de metrô ou a Ponte de Manhattan. Muitas pessoas pensam que o Brooklyn se limita ao parque da ponte! Há muitas atrações por aqui: Jardim Botânico do Brooklyn, Museu do Brooklyn e a Biblioteca, a cervejaria conhecida como Brooklyn Brewery, tem a região dos grafites conhecida como The Bushwick... tem tanta coisa legal e além de Williamsburg ... OK! Eu moro aqui e vou descobrindo os bairros e restaurantes. Muita gente mora no Brooklyn e trabalha em Manhattan ou ao contrario! Então aproveite o Brooklyn!

Jardim Botânico do BrooklynJardim Botânico do Brooklyn

Jardim Botânico do Brooklyn


Razão 6:

Arte! Seja no meio da rua através de intervenções urbanas, ou dentro do museu com a exposição da Tarcila do Amaral no MoMA, ou do David Bowie no museu do Brooklyn. Seja com performance no metro de NY, seja com shows no Medison Square Garden ou no BarkleyCenter. A cidade respira arte e comunicação e faz parte de campanhas de engajamento para o empoderamento feminino ou de preservação de espécies ameaçadas de extinção.



Razão 7:

Pessoas.

São pessoas do mundo todo! Com uma carga cultural diferente e com histórico diferente também! Isso só enriquece a troca e conhecimento!

Sério: conexe com as pessoas! As pessoas ajudam no metro, no meio da rua. As pessoas andam de pijama da rua ou com uma melancia na cabeça. Tá tudo OK! Afinal você está em NY, baby!


Razão 8:

Sempre tem algo novo. Sempre há um novo restaurante, lanchonete, museu, loja. É uma cidade intensa então temos sempre que ficar antenados e atualizados. Nem todos os turistas conseguem conhecer tudo. Mas olha, tudo bem! Porque nem mesmo os moradores conseguem acompanhar essa intensidade de acontecimentos. Há sempre algo novo, todos os dias! E por isso que não me canso de ter sempre uma razão para me apaixonar!


Razão 9:

É onde eu moro no momento presente! Então como não gostar da minha casa, como não gostar de descobrir essa cidade a todo momento e semana!?!! As coisas mudam tão rápido e que temos sim que aproveitar e deixar o coração aberto, porque quando nos abrimos para o momento, as coisas acontecem. E digo de fazer conexões e troca com pessoas fantásticas d tambemmter bons momentos!

Vista do Rooftop para a cidade é meu prédio favorito: Emipre State Building Vista do Rooftop para a cidade é meu prédio favorito: Emipre State Building 

Vista do Rooftop para a cidade é meu prédio favorito: Emipre State Building 


Esse post foi uma brincadeira com a Marcelly,  que tem um Livro chamado Prova dos 9, e me ajudou muito no processo de adaptação da mudança!

Nove curiosidades sobre a Marcelly Ferrari: Carioca, casada e mãe do Zeus, ela é formada em Letras e especialista em produção editorial. Diz que tem grandes ideias enquanto corre e que espanta todos os seus males quando toca contrabaixo. Compra mais livros do que consegue ler e escreve mais do que tenta publicar.

 

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Marcelly e eu na minha última viagem ao Rio, em Janeiro!

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Existe limite de idade para viajar?

Nos últimos tempos tenho pensado muito sobre isso. Deve ser por conta das minhas últimas viagens e experiências no avião ou até na hospedagem. É como se eu atraísse esse perfil e mais que isso, como se eles tivessem a necessidade de conversar, compartilhar e trocar comigo.

No início do ano passado recebi a solicitação de um casal carioca para se hospedar na minha casa Brooklyn, NYC (eu faço Airbnb e alugo um quarto). Uma viagem planejada por 10 anos, com muita pesquisa de roteiros sobre a Big Apple.

Com o tempo, trocamos contato no WhatsApp e começamos a falar quase diariamente. Das dúvidas comuns de quem se hospeda pela primeira vez no Airbnb, a ajuda com as passagens e até saber como é compartilhar a casa de uma pessoa estranha. O casal já aposentado e cheio de experiência de vida, dividiu a viagem pela América em Nova Iorque (Manhattan), Washington DC e Boston. O Brooklyn ficou como a parte final. Durante todo o planejamento eu fui a base deles para muitas respostas. E mesmo quando eu não sabia o que responder e procurava mais informação, nós aprendemos juntos!

Me peguei pensando na coragem deles em viajar, realizando um sonho em visitar um destino tão desejado. Vencendo barreiras do idioma, da idade e de outros contratempos. E olha, eles dão um banho de disposição e conhecimento em muito jovem que vejo por ai!

Recentemente eu tenho viajado com muitos idosos no avião. Alguns curiosos em ouvir a minha história e de como é a minha vida desde que sai do Brasil. Esses me encorajam com um sorriso e um olhar cheio de amor e força. Me chamam de corajosa, brava, forte. Até me sinto mais empoderada.

Mas, também tem o grupo que precisa falar. Um grupo que precisa de ajuda para apertar o botão da lanterna e continuar lendo a sua revista ou livro. Às vezes, eles não conseguem afivelar o sinto de segurança e não entendem o que o atendente de bordo oferece. Há os que viajam sozinhos. Há os que viajam com a família, com e sem paciência em repetir, reensinar e esperar o tempo deles.

Há os idosos experientes de viagem, bem espertos e antenados, práticos. Mas continuam sendo idosos. Com limitação dos passos, um pouco de dificuldade em ler o que está no cartão de embarque.

Na minha viagem para Park City, Utah, visitei um mini vulcão inativo, com entrada por uma caverna que levava à um lago subterrâneo com água térmica. Para mim foi uma experiência linda! Quando saímos, minha amiga repetiu o que o pai dela falou depois de visitar o mesmo lugar "-Nunca se é Velho demais para conhecer algo novo." E NÃO É MESMO!

Na viagem de volta para casa, me sentei ao lado de uma senhora. Como estava do lado da janela, pedi licença e falei "-Serei a sua parceira de bordo". Ela estava toda preparada para a viagem: cabelos feitos, batom vibrante, dos olhos vivos, a roupa elegante e o colar de pérolas. Ela voltava para a Flórida depois de passar 2 semanas com a família em Salt Lake City, e fugir do furacão Irma. Ela me contou que não tinha notícias da casa dela, mas o que importava era o tempo com a família que não via por dois anos (dois anos!). Na hora do pouso, ela me pediu para baixar a janela e com aqueles olhos vivos borbulhavam com cada detalhe e comentou com um sorriso "-Esse foi um bom voo e pouso.", e foi sim. Céu azul, sem turbulência e um bom papo. Ela não viajava sozinha, com seus 86 anos, ela tinha uma enfermeira, já amiga, que sorria enquanto conversávamos.

Uma outra vez, estava no portão de embarque em Lisboa, com um grupo de 6 pessoas da melhor idade. Um fazia piada do outro. Uma estava fazendo FaceTime com a família. A outra tentando entender porque o telefone dela (ainda com flip) não tinha FaceTime. Quando o funcionário da companhia aérea chegou com a cadeira de rodas e chamou pelo nome a passageira ela pediu gentilmente "- Não grita meu nome que vão descobrir que sou velha!", isso já foi o ponto de partida para os amigos rissem dela, e bem alto. Vocês conseguem imaginar como essa viagem de vinhos e comidas deve ter sido boa e engraçada? Eles estavam felizes e realizados, já planejando a próxima viagem para Itália!

Fico pensando nos experientes idosos à minha volta, como a minha avó que adora viajar e sempre que tem oportunidade está com o pé na estrada. Penso na minha sogra com a necessidade de locomoção. Penso nos meus pais que estão chegando na idade anciã e nas minhas tias. Penso que esse carinho e atenção que dou para os outros, é como se quisesse que fizessem por eles. Você me entende?

Acredito que não há limite de idade para viajar. Esse mundão é tão grandão, tão cheio de lugares simples mas encantadores, lugares incríveis e inacreditáveis que sempre, sempre se tem a oportunidade de se conhecer e sentir algo novo.

Se você está viajando pense que os idosos também tem todos os mesmos sentimentos que você. Mas com alguma limitação. Se você não tiver a experiência, paciência ou mesmo que esteja atrasado em pegar seu voo, escolha uma fila sem idosos, eles provavelmente vão precisar de um tempo extra. Lembre-se, que se você tiver saúde e uma pitada de sorte, também terá a oportunidade de continuar viajando e descobrindo novas coisas na melhor idade.

 

Acho que é isso por hoje. Ter conhecido essa senhora e ter contado minha história me fez ver que eu posso fazer muita coisa por aqui. Eu posso gostar de morar aqui no Brooklyn.

Escrito em 29 de Setembro, 2017. 

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Morar fora do Brasil: meu depoimento sincero

 Oi Gente!


Eu fui convidada pelo grupo Conexão Mulher Empreendedora (@conexaomulherempreendedora) para dar um depoimento no Instagram deles. O Conexão Mulher Empreendedora é um projeto de mulheres brasileiras que nasceu em Portugal e tem o objetivo de conectar mulheres do mundo todo: do polo norte ao polo sul, de todos os continentes e idades.


A ideia do convite era gravar um

vídeo de 2 minutos no máximo para o Instagram. Mostrar quem eu era, o que fazia e como tinha sido minha adaptação de sair do Rio de Janeiro e morar em Nova Iorque.


Relutei e adiei gravar o vídeo. Eu não podia só ficar no lado Poliana, onde tudo é maravilhoso. Eu precisava ser eu. Liguei o telefone para gravar e falei. E chorei. O resultado foi um vídeo de um pouco mais que 7 minutos de emoção que pude compartilhar as minhas emoções e um lado que quase ninguém conhecia. Minha adaptação não foi fácil. Eu senti muito tudo: saudade, frio, sozinha, falta... comida, cultura, pessoas, música... foi uma montanha russa de sentimentos e emoções todos os dias.


É muito interessante como tenho recebido muitas, muitas mensagens de apoio de pessoas que não conheciam esse meu lado, e de pessoas que se identificam. Então eu acho que demonstrar as suas fraquezas e o mais importante pedir ajuda é uma forma de conexão e é normal. No clichê “é ok, não se sentir bem”. Vc tem o direito de viver as emoções e você tem o direito de aprender com cada momento.


Sinto, do fundo do meu coração, muito grata hoje! Muito! Porque eu fui lá no fundo do poço e encontrei mulheres e homens que me ajudaram! Muitas pessoas me deram a mão. Mas uma pessoa foi fundamental para o resgate da Manu Mulher, no equilíbrio, resgate e reorganização. A Tatiana Barbosa uma brasileira que mora aqui em NY e em encontros semanais de sessão de coach foi me resgatando em muitos sentidos. Até mesmo no de sentir Gratidão. Porque no nosso primeiro encontro eu falei com ela: “eu não consigo sentir gratidão”. E hoje, como comecei esse parágrafo, eu me sinto muito grata!


Sei que muita coisa aconteceu e muitas pessoas fizeram parte desse processo! Mas olha, existe uma força muito grande dentro de nós! E só nos temos as rédeas da nossa vida! Foi de um momento completamente isolado e triste que eu fiz esse projeto 365 dias escrevendo motivos para ser grata e feliz. Foi daí que nasceu essa parte do Blog, depois de um banho quente de um dia de inverno.


Se você conhece alguém nessa situação ou se você é essa pessoa, olha: você não tá sozinha! Tenha coragem, se joga na vida, encontra seu caminho! Vai à igreja, meditação, encontro de meet up, roda de samba. Não se isola. Peça ajuda. Fique em

Movimento e encontre-se, faça conexão. Porque a vida é pra valer e tem uma só! E ó, tamu junto!


Esse não era um post programado, tô fazendo aqui no táxi a caminho do Aeroporto, mas acho importante compartilhar isso. Um beijo e até o próximo!

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8 de 365 - Será que está acontecendo?!

11/10/2017

Acordei com um sentimento de alegria dentro de mim. Não sei explicar. Queria ficar na cama, ainda mais quando olhei pelo cantinho da janela e vi que estava nublado.

Mas pulei da cama, vi a hora e ainda consegui praticar um pouco de yoga e meditação. Tomei meu café da manhã, falei com meus novos hóspedes do Airbnb.

Geralmente pela manhã eu sou azeda. Mas estava feliz. E eu nem percebi nada de diferente.

 

Me arrumei para o curso de inglês e coloquei uma música. New York, New York da Alicia Keys. Aprimeira vez que ouvi essa música e percebi que não sabia cantar a letra, ou mesmo o que significava, foi no ano passado quando encontrei três  amigas brasileiras no Píer Tommy (o local onde a Tommy realizou o desfile do NYFW).

 

Lembro desse dia lindo de fim de verão: era sábado, Ryan e eu estávamos no Brooklyn ( e não viajando como de costume). O Pier completamente transformado em um parque de diversões! Foi demais! Encontrei minhas amigas e entre fotos imitando blogueiras de moda e brincadeiras, tocou NY da Alicia Keys. Elas cantaram a letra toda! Gente realiza: estávamos em Manhattan, olhando para a ponte do Brooklyn, num pier transformado por uma grife em um

Parque. Eu só cantava a parte “Neeew Yoooork”. Ryan ria de mim. As meninas cantavam, gesticulavam com a mão no coração, como se tivesse realizando um sonho. E estavam!

 

Terminamos a noite, nos 5 cruzando a ponte do Brooklyn em direção ao Brooklyn, andamos pela região de Dumbo. Foi uma noite maravilhosa! Com direito a risadas, conversas e muuuuitas fotos antes de voltar para casa!

 

 

Então hoje, eu parei, sentei e ouvi a entrevista da Alicia Keys sobre essa música. Ouvi a letra. Terminei de me arrumar e quando sai de casa e respirei (sabe aquele suspiro e pensei “Aí aí, que bom! Eu simplesmente pensei, caracas eu tô em NY! Eu tô vivendo aqui! Que demais!!!”

 

<<Alertaaaa, alertaaaa eu pensei nisso mesmo!??>>

No Metro, à caminho da aula, reli algumas vezes a música. Fui para aula sem a ajuda do google maps. Fui olhando os prédios. (Ok! Meu telefone tava lento e travava muito!), mas eu tentei ser natural.

 

Depois da aula, eu voltei a pensar na música e na minha vida aqui. Caracas eu to morando aqui! Tem noção!?? Uma cidade onde tudo, tudo acontece! E acontece mesmo!

 

Acho q precisava de um tempo para digerir a mudança? Será que estou me adaptando? Não é que eu ouça a sirene louca e faça self com um coração. Não! Mas eu estou agradecendo de estar aqui! Andando na rua com um sentimento feliz dentro de mim.

 

Bom, agora que escrevi eu preciso dormir! São 1:16am e amanhã eu preciso acordar cedo para a aula e viver mais de NY!

 

Beijos, NY, NY

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7 DE 365 - Black Friday

Para ser direta?

Motivo 7: Black Friday

 

Ok. Não é uma exclusividade nova iorquina. Mas é bom.

Aqui promoção é promoção mesmo! Tem desconto de verdade, em muitas lojas e em diferentes segmentos.
Tem produtos, tem serviços.

É possível trocar a geladeira por uma nova que custava 2500 dinheiros e agora custa 970 dinheiros e ainda leva o  microondas. As roupas e brinquedos chegam fácil a 10 dinheiros. Maquiagens, sapatos, bolsas, tem tudo em promoção, tapetes, ferramentas, sementes e mudas para o jardim, itens para cozinha, itens de cama, mesa e banho. Dá para montar a sua casa nova. É o aniversário Guanabara aqui nos Estados Unidos.

Estacionamentos cheios, bolsas cheias de produtos, lojas cheias. E é sim uma tentação para onde quer que vc olhe!

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6 DE 365 - Thanksgiving

Aqui vamos nós escrever o sexto motivo.

Mas hoje é um dia especial: Thanksgiving . Um dos dias  mais lindos de celebrar a gratidão, um agradecimento de tudo que se é e se tem: saúde, amigos, família, a comida na mesa...

Motivo 6 - Thanksgiving

É um dia de tradição das antigas aqui nos Estados Unidos. Diz a lenda (zuuueeii), mas a história é a seguinte: os imigrantes que haviam chegado da Inglaterra não estavam conseguindo plantar. Ou melhor, plantavam mas as sementes não brotavam. Daí os índios nativos ensinaram como fazer e ao final da temporada, na colheita, os imigrantes resolveram fazer uma grande celebração com tudo que plantavam e chamaram os nativos. A data mudou de dia por alguns anos até que o exPresidente Lincon determinou a última quinta-feira do mês de novembro como o grande dia.

E por que gostar de Thanksgiving? Vou contar como foi o meu primeiro Thanksgiving nos Estados Unidos:

A data é linda. Uma data só para agradecer. Só para falar obrigada.
E também uma data onde se tem uma "pequena" ceia, comida pra dedeu! O perú, o purê de batata, um molho de cranberry, uma fartura de comida e de amigos.

Comer é muito bom. Se você está deprimido? Come que melhora, se está celebrando, come para celebrar ... é uma comilança que lembra a casa da vó nos bons tempos de Itaguaí... ô coisa boa!

Se uma pessoa estava de dieta tinha a comida para essa pessoa. Mas se uma não gostasse de porco? Fazia o frango. Se meu pai estava com ácido úrico elevado, tinha um peixe. Claro que não podia faltar o feijão do meu irmão, o arroz do meu primo. A salada com frutas, tinha! Se tivesse maionese com maçã (que particularmente eu e minha prima Paulinha não aprovávamos), tinha uma porção especial para nós sem a maçã!

Mas ainda tinha sobremesa... compota de tudo: laranja da terra, abóbora, banana. Tinha pé de moleque, amendoim, musse de maracujá ou pavê do Juninho. Tinha Romeu e Julieta com queijo do sítio e goiabada cascão do quintal. As bebidas foram modificando com as gerações: era refrigerante aquele guaraná Taí, coca-cola, pepsi, tudo comprado ali do lado, no bar da Dona Filhota. Os homens da casa iam lá para comprar os refrigerantes e ficavam tomando uma gelada (cervejinha).

Quando o almoço estava pronto, a criançada ia lá no bar chamar os mais velhos e de quebra ganhar uns doces. Mas também sempre teve suco, suco de acerola, limonada, laranja, às vezes caldo de cana bem, bem geladinho. Ah, tinha água de coco! Tudo natural do sítio. Depois era a hora do cafezinho. Café para o tio Xande que gosta de fraco e café mais encorpado.

Era (ainda é), uma casa lá do morro da igreja que abrigou sete mulheres e as casou -na verdade, nem todas. Porque umas resolveram brincar de ser anjos. E nessa casa, só de mulheres, meu vô era Rei até chegar os "Agregados", que eram tratados como filhos. Aí veio a segunda geração, as netas e os netos. E chegaram os agregados versão 2. E agora com os bisnetos, estão chegando os agregados versão 2010. Não é mole essa tal vida... ela não para. Tem gente que entra na família e gente que descansa até a próxima rodada.

E por que eu escrevo isso, lá do meu passado? Porque eu hoje sou grata por isso. Porque foi exatamente esses dias com primos e brincadeiras com pé no chão que me mostra de onde eu vim e de tudo que sou grata. Tudo que sou agora. Hoje minha família tem uma nova parte de agregados: dois cachorros, uma mother in love, um father in love, amigas de infância da mother. Mas a minha família de Itaguaí fez parte da mesa, com o trilho de mesa (toalha de mesa), guardanapo e porta guardanapo. Fez parte quando eu vi o por do sol mudando de cor e enganando o frio lá fora da casa.

É uma data linda.
A data da gratidão, do perdão, de ser realmente grato por tudo.

E ainda bem que essa família de cá me recebeu tão bem. Abriu os braços e coração. Os amigos do Ryan me tratam tão bem e esforçam para entender meu inglês "the books is on the table". Então eu aqui essa noite sou grata por tudo. Vida nova e vida de antes. Grata por ter a oportunidade de recomeçar e reconstruir. Grata por ter encontrado um amor mesmo nas bandas de cá. Grata por ter sido recebida tão bem por todos daqui e por entenderem meu lado, me ajudarem todos os dias.

Thank you, so much.

Obrigada do fundo do meu coração por tudo!

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Amigos - 5 de 365

Amigos brazucas ou gringos.

Eu sempre tive os meus amigos por perto. Sejam eles amigos de amigos ou na própria família. Eu acho que é um dom meu agregar.

Consegui a proeza de fazer um churrasco (no play do meu prédio), com meus amigos do Rosário e Monteiro juntos. Os meus amigos do pagode, do forró, do prédio, da vida.  

E quando os meus amigos organizaram uma festa surpresa junto com a Lucinha? Imagina: um bando de adolescente no seu quarto quando você chega do colégio! Lembro de gente pulando na minha cama, tinha docinho, bolo... amigos!

Ah!! Tinha trabalho em grupo, com certas pessoas tentando ultrapassar da varanda para a sala pela porta de vidro. Ou pedindo galinha com milho (delicia), da Lucinha.

Aí passa para os amigos da facul. Aquele misto de vida em evolução e descobertas. Amigos para dividir casa, morar sozinha. Uma, duas, três vezes até ter meu cantinho.

Amigos de ir pro samba, de viajar juntos, de ligar e ir pra Praia ou para o chopp. Amigos da meditação, ou da academia. Amigo é bom e preenche a vida. Repara só: vc tá feliz compartilha com os amigos. Vc tá meio nebuloso, é para um amigo que vc liga, manda mensagem. É sempre o amigo o trampolim da vida ou o respiro. Até amigos de viagens que você coloca na mala e leva pra vida! Aiiii amigo é muito bom!

Aqui nos Estados Unidos, eu sinto muita muita muita muita, já falei muita? MUITA saudade dos meus amigos. Mas desde que resolvi ser leve e aceitar minha nova morada, deixei pessoas se aproximarem de mim.

Nunca tive problema em fazer amizade. Converso na fila, no trem, no metro. Mas aqui, onde tudo é diferente, fazer amigos não deixa de seguir essa linha. Tenho amigos meus, amigos do marido, amigos de amigos. E aos poucos minhas relações de amizade vão sendo criadas. 

Tive uns presentes aqui, claro! 
Uns são brasileiros. Made in Art of Living! Imagina vc indo meditar e saindo com 2 brindes: brasileiros que moram aqui. Que delicia. E aí vão agregando.

Amigos do marido também. Um happy hour aqui, um passeio ali, e com o tempo você vai criando afinidades. E essas afinidades vão preenchendo o dia, o coração e o sorriso.

Amigo para fazer pic nic, para um rooftop, um amigo para tirar foto no frio do inverno, para ir no karaokê e cantar Aquela Música, amigos de shot, do curso, amigos de internet para vida real ou da vida real para a virtual.

Ter amigo é muito bom. Transforma o dia, o humor, o pensamento em vida. Em momentos felizes.

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Minhas madrinhas no "Meu Dia Branco" 

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4 de 365 - NYC uma cidade intensa

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Se NYC pudesse ser definida por apenas uma palavra eu escolheria Intensidade, e vou tentar explicar por quê.

 

É uma cidade múltipla. Pessoas de vários lugares do mundo, que estão aqui por razões diferentes. E todo esse mix a faz ser intensa.

Você pode sair de casa com a pretenção de só tomar um café e acabar a noite em uma festa com uma vista incrível.

Aqui as coisas acontecem, de forma rápida, eficiente  e em um piscar de olhos. É preciso estar preparada. Tudo acontece aquic contratações, romances, oportunidades.

É a cidade que nunca dorme, que sempre tem sirene, que todos passam correndo com o telefone na mão. Mas é uma cidade de jardins, de encontros e recomeços!  

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3 DE 365 - Taxi Amarelo

Motivo 3:  Taxi Amarelo ou Yellow Cabs

 

Algumas coisas acabam se tornando ícones de uma cidade inteira! E o Taxi Amarelo não poderia ser diferente!

Mesmo com o Uber oferecendo corridas mais baratas e até mesmo com um atendimento ou carro melhor, é uma experiência de filme parar na beradinha da calçada, esticar os braços e chamar o Taxi ("Like a Movie!") ou simplesmente, vc pode se sentir como nos seriados!

Como há motoristas de diversas nacionalidades, os carros tem uma decoração que remete a origem de quem dirige. Você pode pagar em dinheiro ou cartão e se lembre de incluir a "tip" que pode ser de 1 dinheiros de dólar para uma corrida simples ou mais se o motorista ajudou com as malas, por exemplo.

Vale a experiência de andar de táxi. Eu sei que às vezes o trânsito de Manhattan não ajuda, mas eu ainda lembro da minha primeira vez dentro do Taxi Amarelo !

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2 de 365 - A primeira vez que vi neve

Motivo 2: NEVE

A primeira vez foi na Tv, e depois no congelador!

Mas, a de verdade em um lugar frio foi em 2015, em Lake Tahoe. Apesar da temporada não ser de muita neve, pude ver um pouco pelo chão, tocar, fazer anjo com movimentos dos braços e pernas e um pequeno snowmen (boneco de neve). Andei de tipo um jet-ski das neves que esqueci agora o nome. E foi lindo! Ver a neve e as montanhas com aquele branquinho no topo, ou então o esquilo pulando para a árvore, foi tudo muito mágico!

Agora, ver nevar, caindo do céu eu vi em 2016. E eu posso dividir em duas partes:

Parte 1:

Eu estava com passagem comprada para voltar (ao Brasil) no dia 16 de janeiro. Ou achei que estava... mas não. Dormi chorando, sabe? Com aquele nó na garganta... e ai?

E ai que quando acordei no dia seguinte ainda meio que com o rosto inchado, e inebriada de sono, quando olhei pela janela, como todas as manhãs desde novembro esperando a neve chegar. E ela estava lá! Bem diante aos meus olhos. Gritei “está nevando! É neve de verdade” Acordei todos da casa, da vizinhança! Foi um corre corre de colocar roupa quentinha (até coloquei calça do lado aveço), e fui ver a neve, fui sentir na minha pele... e eu só pensei em gravar um vídeo e mandar para a minha família. É esse o vídeo que coloquei aqui...

Eu estava vendo pela primeira vez na minha vida, a neve cair no chão e cobrir cada pedacinho de branco. Era pouco então escrevi o nome das minhas afilhadas e dos primos pequenos. Até receber a primeira bola de neve e então encarar a minha primeira guerra de bolinhas de neve!

Entrei em casa para tomar café da manhã, mas eu ficava olhando pela janela e era tudo branco.

Era tudo como em um filme! Sim: neve de verdade!

 

Parte 2:

Em Nova Iorque, na última semana de janeiro todos os meios de comunicação e todos os tipos de alarme do tempo, indicaram a tempestade Johns que estava chegando na costa leste dos Estados Unidos. E chegou comigo aqui.

 

E foi lindo!

 

Foi neve o dia todo e parte da noite, tinha tanta neve na porta da rua que não dava para andar, fiz um caminho com aquela pá de neve no estilo de "Esqueceram de Mim". Coloquei minha bota, meu casaco, meu gorro e fui para o jardim. Eu me divertia sozinha e me jogava na neve, colocava a língua pra fora para sentir o gelinho derreter.

Teve uma hora que eu deitei para fazer o anjo e então fiquei ali deitada por um tempo, sentindo a neve bater no meu rosto, e tentando ver o céu até os floquinhos cobrirem por inteiro os vidros dos meus oculos. Fiz um boneco de neve enorme, coloquei cachecol e falei que era a namorada do Olof! 

Foi uma manhã intensa, com neve nos joelhos e nem lembrei de tomar café da manhã. Então resolvi comer algo, tomar um chá quente e aí? E aí que voltei! Joguei agua quente no ar para virar neve.Mergulhei de um murinho como se estivesse em uma piscina.

Andando pela rua e vendo tudo coberto. Era bem difícil andar contra o vento.

Ficava acompanhando da porta de vidro da varanda a neve acumular, até chegar a altura do meu joelho. Era muita neve. Era muita boniteza para meus olhos!

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1 DE 365 - O Frio

Bom dia =)

Com o horário de verão do Brasil e o horário de "inverno" daqui (não sei se é esse mesmo o nome), a 3hs de diferença, então aqui continua sendo bom dia! =)

Estou morando aqui nos Estados Unidos há 1 ano e meio ... cheguei aqui dia 14 de maio 2015 e fui ficando até hoje. Meu ponto é: não gosto. Mas por que então vc veio para cá? No fundo do meu coração, eu sabia que eu ia voltar e... quem sabe ainda não volte? Mas o fato é que estou aqui. E tenho que fazer isso acontecer. Não preciso amar esse lugar, mas eu preciso ao menos, apreciar, viver. Gostar um tiquinho. E por que não volto? Arrumei um amor aqui. E no momento a situação econômica do Brasil não colabora para a estabilidade de uma vida de casal.

Esse vai ser meu diário, minha terapia para tentar entender toda essa mudança e aceitar. Porque a vida é muito pequena e inesperada para ficar sofrendo de Barroquismo Agúdo e sofrendo por algo que não se tem no momento. O que não tenho? A minha vida. Ou melhor ex vida, ou melhor ainda, a minha antiga rotina de quando eu morava no Rio de Janeiro. Ali em Copacabana, naquela rua tranquila, com uma casa de sucos na esquina que tomava o meu suco de cenoura, beterraba e laranja, pão de queijo e ia andando para o metro. Trabalhava duro e gostava. Curtia sair do metro e mudar os planos da noite, ou ver um filme, andar na orla, tomar uma agua de côco, uma cervejinha, um japa, um crepe de nutela! Ou ir para a academia, para a meditação, ir para casa cozinhar na minha panela elétrica uma nova receita... Amava entrar no Hortifruti sentir aquele cheirinho de comidas fresquinhas e encontrar amigos, ter amigos por perto e ter família, ai isso sim que.... opa! mas eu estou aqui para falar e descobrir 365 motivos para gostar de Nova Iorque. Gostar da Big Apple.

Afinal, quem cresceu em Big Field (Campo Grande, na Zona Oeste do meu RJ), sente a diferença, não é mesmo? Aqui não tem caldo de cana com pastel ou sardinha da Divina (hum aguei). Guaracamp também não. No mercado de Astoria eu achei um Guaravita... Mas aqui também tem muita coisa da boa! Muita coisa que não temos por lá, logo de cara, pá entra o meu primeiro item:

Motivo 1/365 - O Frio

Caracas, aqui faz um frio danado! Ontem eu estava andando em Manhattan, já para descobrir porque raios uma pessoa escolhe passar frio aqui e muita gente ama. E aí bateu um vento lascado, encanado (só pode ser do registro polar ártico que São Pedro abriu, ou melhor San Piter), que tocou a minha pele do rosto e eu senti doer! Até lacrimejei. Hahaha Campo Grande faz isso? Big Field é vizinha de Bangú, minha gente. Se Salgueiro é o Caldeirão, Bangú e Campo Grande são o próprio fogo!

Mas ai eu estava pensando no metro (porque francamente, andando na rua e no frio da p*%%@ eu só penso em não me perder nas ruas e encontrar logo a estação de metrô): Sempre quis um frio para usar o casaco que meus pais tinham! E quer prova disso?

Maio de 1900 e alguma coisa, Campo Grande (clááro, bairro que cresci), festa de 14 anos da Dayana (minha amiga), em Maio, mais precisamente dia 24 de maio. Fui a festa dela com o casaco dos meus pais. Estava frio, sim. Frio para o casaco? Depende... levando em consideração que sou friorenta e estava querendo vestir o tal casaco... porque não? Não é mesmo?

O fato é: em NY eu posso usar! Ele é pesado, tem uns pelinhos, assim na gola, e evidentemente, na minha última visita a casa de Papis e Mamis, eu peguei para usar aqui! E mais, posso usar com gorros e luvinhas e cachecol que Mami fez.

Ok, colocar as 2.457 camadas de roupa, é um pouco chato. Não saber se vestir no inverno e não estar nem ai para o que não é fashion e estar aí para o que é quentinho é um ponto. E o cachecol às vezes irrita, a pontinha do dedo congela ao pegar o telefone e saber a direção do metrô, mas tudo isso faz parte da didática americana de aprendizado de locomoção e memorização das ruas. Aprendizado único. No perrengue você aprende.

Com o frio você faz tudo o que não faz nas outras estações, por exemplo: comer! Comer comida boa, toda a hora, comer por comer. Porque você sente fome, precisa ajudar na camada de gordura e proteger o corpo. Comer chocolate, tomar chá, comer com amigos.

Aceita querida! Frio é bom para dormir de meia e usar moletom. Pra dormir de conchinha, mesmo que por 15 minutinhos e não 10. O frio a cama fica melhor, ela te abraça, e com isso você perde a hora de manhã. Culpa sua? Claaaro que não! é do Frio!

Friaca boa é aquela que você usa bota! As mulheres vão entender. A Tati, minha amiga vai tirar tudo do armário e andar. E olha que ela também é de Campusca. Frio é bom até para dar desculpa de não sair, seja sair com aquela paquera que já deu ou com o amigo que está precisando desabafar pela 82 vez pela mesma pessoa na mesma semana. Mesmo você não tendo amigo em NY hahaha, mas o caso é que quando tiver eu posso já dar essa desculpa, rá!

 

Realizou que o frio é bom Emmanoele?

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